Aproximação geográfica das corridas tem um motivo sustentável
O calendário deste ano começou madrugando e felizmente por quase todo o resto da temporada podemos acompanhar despreocupados sem a perturbação do sono. As cinco primeiras corridas de 2024 foram durante a madrugada para nós brasileiros, e apesar do desconforto para assistir, tal decisão tem a ver com o plano para aproximar as etapas de forma a concentrar as viagens e evitar maior poluição do ar. O calendário do ano que vem mantém esse objetivo, com algumas alterações na ordem nessa busca pela sustentabilidade.
Ordem | 2024 | 2025 |
1º | Bahrain | Austrália |
2º | Arábia Saudita | China |
3º | Austrália | Japão |
4º | Japão | Bahrain |
5º | China | Arábia Saudita |
6º | Miami | EUA (Miami) |
7º | Emilia Romagna | Itália (Emilia Romagna) |
8º | Mônaco | Mônaco |
9º | Canadá | Espanha |
10º | Espanha | Canadá |
As dez primeiras corridas são as mesmas, com alterações na ordem. A Austrália volta a abrir a temporada, pensando na questão religiosa que “empurrou” as duas primeiras corridas para o sábado por conta do Ramadã. Dessa forma, a única corrida no sábado em 2025 será em Las Vegas, em novembro.
2024 | 2025 |
Bahrain (Sakhir) – 29/02 a 02/03 | – |
Jeddah (Arábia Saudita) – 7 a 9/03 | – |
Las Vegas (EUA) – 21 a 23/11 | Las Vegas (EUA) – 20 a 22/11 |
A alteração no calendário de pouco a pouco é uma das alternativas para buscar a sustentabilidade procurada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA). O plano a longo prazo é eliminar as emissões de gás CO2 até 2030.
“Para a unidade motriz da próxima geração existe o compromisso de passar para combustíveis 100% sustentáveis em 2025/2026, permanecendo fiéis à cultura da inovação, preservando ao mesmo tempo a capacidade de emoção que tem estado no coração do desporto desde seus primeiros dias” (Federação Internacional do Automóvel via sua página oficial)
A título de explicação, em 2019 foram emitidas 256.551 toneladas de CO2 pela F1, segundo levantamento da organização. Dessas, 45% eram decorrentes do transporte de material e 27,7% por conta do transporte de pessoas.
Utilizando a calculadora de emissão de gás carbônico da ONG brasileira Idesam, as primeiras cinco corridas de 2019 geraram 4.180 toneladas de CO2 somando uma ida a cada trecho, ou seja, contabilizando apenas um voo por trecho. Seguindo essa mesma lógica, em 2023 reduziu para 3.521 toneladas.
Esses valores médios servem para evidenciar que há uma redução, na prática, que deve ser trabalhada em diversas instâncias, passando pelos combustíveis e pela estruturação dos autódromos.
Você acredita na eliminação total do CO2 da categoria? Que alternativas você pensa que devem ser colocadas em prática? Conta aqui nos comentários!
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